quarta-feira, 21 de julho de 2010

O manifesto do metaconsumidor

DCI; 21.07.2010

Se o Metaconsumidor pudesse manifestar suas opiniões de forma estruturada, muito provavelmente o que teria a dizer seria parte de seu Manifesto em defesa de suas ideias:

"Eu, metaconsumidor, gostaria de conhecer com mais detalhes as ações de Responsabilidade Social e Sustentabilidade das empresas com que interajo em minhas atividades pessoais e profissionais, mas principalmente das companhias de quem compro produtos e serviços.

Gostaria de encontrar, nas embalagens dos produtos e na descrição dos serviços que penso em adquirir, informações que demonstrem que as marcas que considero também levam em conta minhas expectativas e crenças sobre a importância de um comportamento mais consciente e alinhado com a Sustentabilidade.

Gostaria de ver, claro e sem rodeios, em todos os pontos de contato das lojas e nos canais digitais, que as empresas que revendem produtos e serviços têm políticas definidas de relacionamento com seus fornecedores e os influenciam para que levem a mesma atitude a toda a cadeia de abastecimento.

Gostaria de encontrar nos sites de empresas o detalhe dos programas desenvolvidos pelas marcas, lojas e canais digitais que mostrem a evolução obtida nos últimos anos e o que, adicionalmente, pretendem fazer nos próximos anos.

Gostaria de não precisar pagar mais por tudo isso, porque creio que se a adoção de ações ligadas ao tema Sustentabilidade, num primeiro momento, pode até gerar aumento de investimentos e custos operacionais, na continuidade gera redução de despesas. Esse raciocínio deveria ser considerado e corretamente apurado, mantendo o preço dos produtos e serviços.

Gostaria de ver o que as marcas estão trabalhando junto às crianças para que ajudem a criar uma consciência coletiva da importância da atenção com o tema, de forma a tornar natural, no comportamento futuro da sociedade, atitudes alinhadas à Sustentabilidade e ao Consumo Consciente.

Gostaria de ver o Estado incentivando, com isenções ou benefícios tributários, as empresas que demonstrem ações consistentes de redução de consumo de recursos naturais e estimulem o uso de recursos renováveis.

Gostaria de saber que as empresas estão incentivando seus funcionários a ter uma atitude mais consciente de consumo e em defesa da Sustentabilidade e que premiam os que se destacam nesses aspectos.

Gostaria que os candidatos a cargos eletivos detalhassem em seus programas suas propostas ligadas à Sustentabilidade e que, principalmente, se eleitos, prestassem conta permanentemente de suas ações nesses campos.

Gostaria que a imprensa pautasse de forma constante o tema em suas publicações, estimulando e valorizando o comportamento mais consciente em torno da Sustentabilidade.

Eu, Metaconsumidor, hoje, gostaria de tudo isso e valorizaria quem assim procedesse, mas, em breve, muito em breve, não será mais uma questão de gostar ou valorizar, mas discriminar.

Simplesmente ignorarei marcas, produtos, serviços, lojas ou outros canais que não compartilhem dessas ideias."

"Metaconsumidor" quer conhecer com mais detalhes as ações de responsabilidade social.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Marina critica proposta de novo Código Florestal

Folha de São Paulo; 01.07.2010

A presidenciável Marina Silva (PV) disse ontem que o novo Código Florestal que é discutido no Congresso pode criar uma guerra ambiental entre Estados e municípios.
Ex-ministra do Meio Ambiente, ela criticou a proposta de transferir da União para os Estados a possibilidade de legislar sobre áreas de reserva legal e de preservação.
Segundo Marina, a proposta colocará prefeituras e Estados no foco da pressão de grupos econômicos para afrouxar as leis ambientais.
"Para as empresas irem para os vossos municípios, cada um teria que fazer um verdadeiro concurso de quem abre mais mão da questão ambiental", disse.